No universo das letras
domingo, 20 de março de 2011
Colégio João Benevides Nogueira realiza Projeto sobre a Cultura local
O Colégio Estadual João Benevides Nogueira, localizado no município de Pedrão- Bahia pôs em ação o Projeto Valorizando a Cultura local. A participação de professores, alunos, direção e comunidade externa foi importante na realização do projeto.
O município possui uma riqueza cultural imensa, porém é desconhecida por muitos. O objetivo do projeto foi valorizar a cultura local e estreitar os laços da escola com a comunidade local.
O projeto teve como metas algumas vertentes, consideradas fundamentais para a valorização da identidade local:
• Pesquisar e documentar o patrimônio ambiental, arquitetônico, documental e imaterial do município;
• Mobilizar a sociedade para conscientização do seu patrimônio e a necessidade de preservá-lo, por meio de encontros regionais, educação patrimonial, seminários, incentivo a pesquisa e discussão;
• Divulgar os resultados obtidos com a produção das atividades anteriormente mencionadas, que serão trabalhados de forma fazer retornar à população o conhecimento produzido sob a forma de publicações via internet e da produção de vídeos.
A interdisciplinaridade marcou a realização do projeto. Professores de diferentes áreas envolveram-se no projeto, cada um contribuindo para dinamizar e criar espaços para a construção do conhecimento.
Para este ano pretendemos ampliar a discussão sobre a cultura no município, levando a proposta para membros do Conselho de cultura.
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Intertextualidade
Para entender melhor a palavra, pense em sua estrutura. O sufixo inter, de origem latina, se refere à noção de relação (entre). Logo, intertextualidade é a propriedade de textos se relacionarem.
Há vários exemplos de intertextualidade na literatura. Veja, a seguir, como Ricardo Azevedo brinca com o famoso poema Quadrilha, de Carlos Drummond de Andrade.
Quadrilha | Quadrilha da sujeira |
João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém. João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou-se com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história. (Carlos Drummond de Andrade) | João joga um palitinho de sorvete na rua de Teresa que joga uma latinha de refrigerante na rua de Raimundo que joga um saquinho plástico na rua de Joaquim que joga uma garrafinha velha na rua de Lili. Lili joga um pedacinho de isopor na rua de João que joga uma embalagenzinha de não sei o quê na rua de Teresa que joga um lencinho de papel na rua de Raimundo que joga uma tampinha de refrigerante na rua de Joaquim que joga um papelzinho de bala na rua de J.Pinto Fernandes que ainda nem tinha entrado na história. Ricardo Azevedo (”Você Diz Que Sabe Muito, Borboleta Sabe Mais”, Fundação Cargill) |
domingo, 16 de janeiro de 2011
No atual contexto sócio-cultural, o domínio da língua tem estreita relação com a possibilidade de plena participação social, pois é por meio dela que o homem se comunica, se integrando com seus semelhantes, produz conhecimento, tem acesso à informação expressa e defende pontos de vista, partilha ou constrói visões de mundo, reconhece-se como diferente e único. Assim, um projeto educativo comprometido com a democratização social e cultural resgata na escola sua função e responsabilidade de garantir aos seus alunos o acesso à habilidade e competência comunicativas necessárias ao exercício da cidadania, direito inalienável a todos. E é jjustamente esta a proposta deste espaço democrático de aprendizagem.
O português na África
Em Angola e Moçambique, onde o português se implantou mais fortemente como língua falada, ao lado de numerosas línguas indígenas, fala-se um português bastante puro, embora com alguns traços próprios, em geral arcaísmos ou dialetalismos lusitanos semelhantes aos encontrados no Brasil. A influência das línguas negras sobre o português de Angola e Moçambique foi muito leve, podendo dizer-se que abrange somente o léxico local.
Nos demais países africanos de língua oficial portuguesa, o português é utilizado na administração, no ensino, na imprensa e nas relações internacionais. Nas situações da vida cotidiana são utilizadas também línguas nacionais ou crioulos de origem portuguesa. Em alguns países verificou-se o surgimento de mais de um crioulo, sendo eles entretanto compreensíveis entre si.
Essa convivência com línguas locais vem causando um distanciamento entre o português regional desses países e a língua portuguesa falada na Europa, aproximando-se em muitos casos do português falado no Brasil.
sábado, 15 de janeiro de 2011
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
A história da Língua Portuguesa
História da língua no Brasil
No início da colonização portuguesa no Brasil (a partir da descoberta, em 1500), o tupi (mais precisamente, o tupinambá, uma língua do litoral brasileiro da família tupi-guarani) foi usado como língua geral na colônia, ao lado do português, principalmente graças aos padres jesuítas que haviam estudado e difundido a língua. Em 1757, a utilização do tupi foi proibida por uma Provisão Real. Tal medida foi possível porque, a essa altura, o tupi já estava sendo suplantado pelo português, em virtude da chegada de muitos imigrantes da metrópole. Com a expulsão dos jesuítas em 1759, o português fixou-se definitivamente como o idioma do Brasil. Das línguas indígenas, o português herdou palavras ligadas à flora e à fauna (abacaxi, mandioca, caju, tatu, piranha), bem como nomes próprios e geográficos.
Com o fluxo de escravos trazidos da África, a língua falada na colônia recebeu novas contribuições. A influência africana no português do Brasil, que em alguns casos chegou também à Europa, veio principalmente do iorubá, falado pelos negros vindos da Nigéria (vocabulário ligado à religião e à cozinha afrobrasileiras), e do quimbundo angolano (palavras como caçula, moleque e samba).
Um novo afastamento entre o português brasileiro e o europeu aconteceu quando a língua falada no Brasil colonial não acompanhou as mudanças ocorridas no falar português (principalmente por influência francesa) durante o século XVIII, mantendo-se fiel, basicamente, à maneira de pronunciar da época da descoberta. Uma reaproximação ocorreu entre 1808 e 1821, quando a família real portuguesa, em razão da invasão do país pelas tropas de Napoleão Bonaparte, transferiu-se para o Brasil com toda sua corte, ocasionando um reaportuguesamento intenso da língua falada nas grandes cidades.
Após a independência (1822), o português falado no Brasil sofreu influências de imigrantes europeus que se instalaram no centro e sul do país. Isso explica certas modalidades de pronúncia e algumas mudanças superficiais de léxico que existem entre as regiões do Brasil, que variam de acordo com o fluxo migratório que cada uma recebeu.
No século XX, a distância entre as variantes portuguesa e brasileira do português aumentou em razão dos avanços tecnológicos do período: não existindo um procedimento unificado para a incorporação de novos termos à língua, certas palavras passaram a ter formas diferentes nos dois países (comboio e trem, autocarro e ônibus, pedágio e portagem). Além disso, o individualismo e nacionalismo que caracterizam o movimento romântico do início do século intensificaram o projeto de criação de uma literatura nacional expressa na variedade brasileira da língua portuguesa, argumento retomado pelos modernistas que defendiam, em 1922, a necessidade de romper com os modelos tradicionais portugueses e privilegiar as peculiaridades do falar brasileiro. A abertura conquistada pelos modernistas consagrou literariamente a norma brasileira.
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